Tony Richie[1]
Tradução: Marlon
Marques[2]
Introdução
Uma crise
crescente no atual horizonte global está centralizada no chamado “Sionismo
Cristão”. A controvérsia ao redor do Sionismo Cristão dá-se a partir de sua
associação com práticas políticas na incessante e cada vez mais instável região
do Oriente Médio envolvendo israelenses e palestinos. Embora seja uma grande
simplificação, o Sionismo Cristão é geralmente abordado como uma posição teológica
com implicações políticas. Entretanto, o Sionismo Cristão é muito difícil de
ser retratado porque ele existe em diferentes formas, variando de indivíduos ou
grupos que geralmente apoiam os direitos dos israelenses contemporâneos estarem
em sua antiga terra até ativistas políticos amplamente organizados com vários
graus de radicalismo.[3] Os primeiros geralmente
citam valores bíblicos e humanitários em defesa de seu apoio a Israel. Alguns
dos últimos tendem a ser completamente acríticos às políticas e práticas
israelenses, abertamente agressivos contra seus oponentes e totalmente alheios ou
despreocupados com a situação dos palestinos e de outras pessoas religiosas.
Muito da base para a última posição parece ser construída sobre uma forma
específica de ideologia dispensacionalista.
Como o ataque
terrorista de 11 de setembro ao World Trade Center e a Guerra ao Terror dos
EUA, incluindo guerras no Afeganistão e no Iraque, e possivelmente em breve, no
Irã, certamente sugerem, as políticas em relação à região do Oriente Médio
podem ser voláteis e até vulcânicas. O papel da religião é de importância
central. Parece apropriado investigar os fundamentos de filosofias baseadas na
fé em relação à violência regional e mundial decorrente da atual crise do
Oriente Médio. Este artigo enfoca uma dessas filosofias, o dispensacionalismo,
e seu papel no desenvolvimento de um movimento pentecostal, um ator importante
no cenário religioso mundial. Minha pergunta não é se alguns ou mesmo muitos
pentecostais são dispensacionalistas. Que eles são é um fato estatístico
facilmente comprovado. Mas estou perguntando, mais claramente, se o
pentecostalismo em si é dispensacionalista. Em outras palavras, há algo sobre o
próprio pentecostalismo essencialmente, inevitavelmente ou irremediavelmente
emaranhado com ideias dispensacionalistas?
Um testemunho
pessoal
Minha
repentina introdução ao dispensacionalismo veio quase imediatamente após minha
conversão como um adulto jovem. Graciosamente, recebi, por meio de um devoto
diácono batista, uma Bíblia de Estudo Scofield (C. I. Scofield, 1909), baseada
no ensino dispensacionalista de John Nelson Darby (1800-82), e fui encorajado a
digerir seu conteúdo. Pouco tempo depois, quando visitei meu pai, pregador
pentecostal em outro estado, levei-a comigo para pedir conselhos sobre a
recomendação de leitura. Papai sugeriu sabiamente que eu poderia estudá-la com
proveito, mas que precisava ter em mente que apenas o texto bíblico foi
divinamente inspirado e não as notas de estudo e suas interpretações. Eu
devorei seu conteúdo. Assim, conheci o dispensacionalismo, um sistema de
interpretação bíblica que divide a história bíblica e a revelação em
compartimentos herméticos isolados não apenas de nossa era contemporânea, mas
também uns dos outros. A abordagem dispensacionalista era atraente para mim
porque parecia dar sentido a algumas das porções mais complicadas das
Escrituras, como os livros de Daniel e Apocalipse, e fornecer um padrão para
entender a profecia bíblica, especialmente os eventos do tempo do fim. Contudo,
embora inicialmente emocionado com os apontamentos que parecia fornecer,
eventualmente fiquei desapontado ao descobrir que invalidava firmemente
qualquer atividade contínua dos dons espirituais, incluindo falar em línguas,
cura divina ou sinais miraculosos de qualquer tipo. Isso ia completamente
contra a minha educação pentecostal (cf. At 2, 10, 19: 1-7; 1 Co 12-14). Também
me lembro da surpresa de ser informado que o glorioso Sermão da Montanha de
Jesus (Mt 5-7) é inaplicável hoje porque cai em uma dispensação diferente. Eu
lentamente usei minha Bíblia Scofield cada vez menos e finalmente descartei-a
completamente.
Alguns anos
depois, no entanto, tive o prazer de saber que a Bíblia de Estudo Dake (Finis
Dake, 1961, 1963) incluía todos os apontamentos da Bíblia de Estudo Scofield e
mais outros pontos, entretanto, ainda afirmava a experiência pentecostal e os
dons espirituais. Era especialmente conhecida por suas percepções dispensacionalistas
sobre escatologia ou profecia bíblica. Com alguma despesa (sacrificial!) desta
vez, consegui adquirir uma cópia. Mais uma vez, devorei seu conteúdo
avidamente. Nesta ocasião, eu já era pastor pentecostal e conheci muitos
colegas que também se apropriavam da Bíblia Dake. No entanto, e apesar do
conhecimento quase enciclopédico de seu autor, comecei a sentir uma tensão
interna um tanto inexplicável entre seus ensinos dispensacionalistas,
especialmente sua abordagem de texto-prova, e minha própria leitura pessoal da
Bíblia. Novamente, eu lentamente a usei cada vez menos, finalmente descartando-a
completamente. Nesse caso, porém, o descarte foi acompanhado de culpa. Afinal,
esta era uma Bíblia de estudo pentecostal. Eu me indaguei um pouco sobre o que
estava acontecendo. Fiquei, portanto, muito aliviado como pastor-estudante,
passando por nosso seminário denominacional (Church of God Theological
Seminary), ao ouvir alguns de nossos professores (por exemplo, Hollis Gause e
Steve Land) explicando finalmente que pentecostalismo e dispensacionalismo são
inerente e inquestionavelmente incompatíveis.[4] As ideias
dispensacionalistas, no entanto, são difíceis de serem extintas. Embora eu
tenha tido que processá-lo lentamente, pessoalmente cheguei a entender a
natureza em última análise insatisfatória do dispensacionalismo, tanto como uma
hermenêutica bíblica quanto em sua ligação com o pentecostalismo.[5] Mas embora eu rejeite o
"darbynismo", ou "dispensacionalismo fundamentalista",
ainda procuro reter a autêntica energia escatológica da minha amada teologia pentecostal.
Agora eu percebo que minha
experiência pessoal com o dispensacionalismo é uma reconstituição individual do
encontro geral do movimento pentecostal com o dispensacionalismo. Como o
historiador pentecostal Dwight Wilson registra com perspicácia, a interpretação
pentecostal da história, reconhecida e fortemente "influenciada por sua
crença pré-milenista de que a restauração de Israel à Palestina é um sinal
seguro do retorno iminente de Cristo", ainda tenho dificuldade em aplicar
o dispensacionalismo aos desenvolvimentos em relação à região, alternadamente
abraçando e evitando aspectos significativos.[6] Tanto meu testemunho
pessoal quanto a história do pentecostalismo implicam em uma descontinuidade
subjacente e irreparável entre o dispensacionalismo darbynista tradicional e o
pentecostalismo contemporâneo. No entanto, os pentecostais têm demonstrado uma
fascinação peculiar pelo dispensacionalismo. Ao longo dos anos, participei de
várias "conferências de profecia" ou "seminários de
profecia" pentecostais, sem mencionar os estudos bíblicos da igreja local,
com uma incrível variedade de gráficos coloridos espalhados diante do grupo
enquanto um "professor de profecia" explicava com entusiasmo todo o
curso de eventos mundiais de acordo com um paradigma dispensacionalista.
Uma
história enigmática
O estudioso bíblico pentecostal
French Arrington detalha a popularização do dispensacionalismo por John Nelson
Darby e por C. I. Scofield. Arrington descreve o dispensacionalismo como
"um esquema interpretativo enxertado no corpo tradicional da doutrina cristã".
Ele o define mais especificamente como uma "suposição básica de que Deus
lida com a raça humana em dispensações sucessivas." Uma dispensação é um
período de tempo marcado por um início, um teste e um término em julgamento de
cada dispensação por falha humana ou pecado. Embora o dispensacionalismo tenha
influenciado a teologia pentecostal, provavelmente por causa do apego ávido de
ambos à escatologia, "os primeiros ensinamentos pentecostais não estavam
ligados diretamente ao dispensacionalismo". Na opinião de Arrington, as declarações
de fé das principais denominações pentecostais "as comprometem com o
pré-milenismo, mas não necessariamente com o dispensacionalismo". Contudo,
muitos pentecostais realmente adotaram um paradigma dispensacionalista. Ele
vincula o apelo do dispensacionalismo por muitos pentecostais ao fato de ser um
quebra-cabeça conveniente, mas complicado, que organiza a história bíblica e as
Escrituras proféticas. Arrington avalia abertamente o "casamento da ênfase
pentecostal com o dispensacionalismo" como "estranho" por causa
da negação do último da validade contínua dos dons espirituais (cessacionismo),
como a cura divina ou o falar em línguas, práticas importantes para os
pentecostais. No entanto, Arrington admite que a influência do
dispensacionalismo sobre o pentecostalismo não foi desprezível. No entanto,
escritores pentecostais que usam paradigmas dispensacionalistas geralmente não
o fazem de forma acrítica ou inequívoca, e os estudiosos recentes do movimento
mostram cada vez menos dependência do dispensacionalismo.[7] A atração pentecostal
contínua pelo dispensacionalismo torna-se ainda mais intrigante à luz da
rejeição explícita e até ácida dos pentecostais por parte dos dispensacionalistas
fundamentalistas.[8]
O dispensacionalismo,
especialmente do tipo popular Darby-Scofield, evidencia elementos inatos
essencialmente em desacordo com o etos autêntico da espiritualidade e teologia
pentecostal. O pentecostalismo não é dispensacionalista.[9] Elementos do
dispensacionalismo militam contra o pentecostalismo. Um fato lamentável é que
os pentecostais se deixaram levar a aceitar uma teologia dispensacionalista
que, literalmente, por definição, mina sua própria identidade. Um desafio
importante do movimento de amadurecimento é corrigir esse erro e suas
implicações. Se considerarmos o dispensacionalismo deficiente, então quais são as
abordagens alternativas apropriadas para interpretar a história bíblica e
abordar eventos atuais e futuros de um ponto de vista que afirme a inspiração e
autoridade das Escrituras, incluindo seus elementos proféticos ou preditivos,
mas evitando uma hermenêutica e ideologia esotérica e exclusivista (veja abaixo)?
Uma
espiritualidade promíscua
Antes de discutir uma alternativa
adequada para os pentecostais ao dispensacionalismo fundamentalista, pode ser
útil mostrar que o movimento pentecostal tem uma tendência a uma
espiritualidade que transborda as margens dos limites esperados (respeitáveis!?).
Essa energia transbordante é particularmente indicativa da capacidade inata do
pentecostalismo de mitigar a aspereza e estreiteza da mentalidade
dispensacionalista típica e ilustra uma incompatibilidade de seu etos autêntico
e original com tendências óbvias de exclusividade e reclusão no
dispensacionalismo. Apesar de alguma história contundente em contrário, o
pentecostalismo às vezes exibe uma tendência surpreendente e agradável de ser
ecumênico[10]
e inclusivo.[11]
Por exemplo, o Avivamento e Missão da Rua Azusa incorporou claramente várias
correntes de espiritualidade em uma força de energia elétrica (bastante elétrica!).
As espiritualidades afro-americanas e wesleyanas de santidade se encontraram e
se mesclaram com o reavivamento americano e os costumes do sul para produzir
uma forma potente das correntes primitivistas e restauracionistas bíblica e pragmática.[12] As tendências ecléticas e
ecumênicas são exemplificadas ainda mais na ascensão e alcance da Renovação
Carismática de meados do século XX, e na vitalidade das atuais variedades não
ocidentais (África, América Latina e Ásia) do pentecostalismo.[13] Na verdade, em uma
discussão sobre a natureza eclética e ecumênica do pentecostalismo intitulada
"Três córregos - Um rio", o historiador e analista do pentecostalismo
Vinson Synan previu que “o futuro do Cristianismo será moldado pelo
desenvolvimento do Terceiro Mundo, com igrejas pentecostais indígenas interagindo
com vigorosos elementos carismáticos nas igrejas tradicionais.”[14] Essas palavras agora
parecem meio que proféticas quase 25 anos depois.
Claramente, pode-se argumentar
que o pentecostalismo não pode ser estritamente contido dentro dos limites
restritivos da ideologia dispensacionalista. Portanto, embora alguns, ou mesmo
muitos, pentecostais tenham sido e sejam dispensacionalistas, o próprio
pentecostalismo se recusa a ser vinculado pelo dispensacionalismo. A energia
transbordante dos rios pentecostais do Espírito (cf. Jo 7:37-39) atinge campos
férteis em todos os tipos de lugares surpreendentes e paradigmas doutrinários.
Portanto, ser pentecostal e não dispensacionalista não só é possível, mas
talvez muito preferível. A liberdade da presença libertadora do Espírito Santo
(cf. 2Co 3:17) rompe as amarras do árido dogmatismo dispensacionalista. Portas
e janelas são abertas para o vento do Espírito soprar (cf. João 3: 8), para
respirar ar fresco em todos os corredores, quartos e cantos da casa
pentecostal. Sem denegrir os pentecostais que veem o dispensacionalismo como
parte integrante de sua visão de mundo, o próprio pentecostalismo não terá um
alcance mais amplo negado.
Uma
teologia provocativa
R. Hollis Gause, um teólogo
pentecostal proeminente (Church of God, Cleveland, TN),[15] elucida uma alternativa
ao dispensacionalismo fundamentalista por meio de uma comparação cuidadosa
entre a teologia dispensacionalista e uma teologia da revelação progressiva.
Gause explica que a revelação progressiva não divide a história bíblica como o
dispensacionalismo propaga. Não faz distinção hermenêutica entre a Igreja,
Israel e o reino de Deus. A natureza de Deus, a história da salvação e o
caráter do povo de Deus são revelados progressivamente. Os eventos anteriores
antecipam e predizem os eventos posteriores. A inspiração do Espírito Santo dá
às Escrituras uma qualidade progressiva e até profética ou preditiva. Em total
contraste com a compartimentalização hermenêutica do dispensacionalismo, a
revelação progressiva afirma uma abordagem mais unificada à interpretação e
compreensão bíblica. Gause conclui que "a visão da revelação progressiva e
unificada da história da salvação oferece a melhor interpretação das
Escrituras". Para Gause, considerações sobre a imutabilidade e unidade de
Deus bem como da Palavra de Deus levam consistentemente a essa conclusão.[16] Curiosamente, Gause não
sacrifica a forte ênfase do pentecostalismo na escatologia pré-milenar por meio
de sua adoção da revelação progressiva. O pré-milenismo, entretanto, explicado
em seu estudo de Apocalipse é de um sabor decididamente diferente do tipo Darby-Scofield-Dake.
É menos esotérico, sendo mais aberto. Está preocupado com a atividade e
soberania de Deus ao longo da história e sua consumação redentora
providencialmente teleológica, em vez de projetar esquemas preditivos de
eventos elaborados para os últimos dias.
A revelação progressiva, portanto,
baseada solidamente no caráter onipresente e unificado de Deus e da Palavra de
Deus, em vez das fragilidades e vicissitudes do conhecimento e da natureza
humana, é para o pentecostalismo uma opção mais atraente do que o
dispensacionalismo. Também é provocativo no sentido positivo. É provocativo
para os pentecostais porque exige um repensar sério e uma revisão substancial
das ideologias políticas e teológicas desordenadamente ligadas ao
dispensacionalismo. Isso, é claro, entre muitos outros assuntos, incluiria
atitudes agressivas dissimuladas e abertas em relação à política mundial e
outras religiões em relação ao Oriente Médio, particularmente entre israelenses
e palestinos ou judeus, cristãos e muçulmanos. Também é provocativo para muitos
cristãos não pentecostais porque sua maturidade e moderação exigem a
reconsideração de uma rejeição, muitas vezes casual, do significado central da
escatologia na fé e na vida cristã. Isso incluiria, é claro, como as ideologias
políticas e teológicas deveriam ser apropriadamente centradas e moldadas pela
convicção de que a consumação da história humana é, em última análise,
direcionada para um destino divinamente ordenado em Cristo.
Conclusão
Consideramos que o
dispensacionalismo é deficiente para o pentecostalismo devido a identidades
divergentes. Quando aplicamos essa afirmação à crise crescente no Oriente Médio
em relação ao sionismo cristão e suas implicações internacionais, certas
responsabilidades tornam-se claramente incumbentes de nós. Lamentavelmente, a
guerra continua em nosso mundo, violentando e destruindo-o sem trégua. Na
medida em que nossas posições teológicas direcionam e moldam nossas práticas
políticas, incluindo questões de guerra e paz, pessoas verdadeiramente devotas
não podem e não devem evitar abordar o papel da religião na realidade da
guerra. Obviamente, os cristãos são chamados e ordenados a serem pacificadores
e promotores da paz (Mt 5:9; Hb 12:14).[17]
Já observamos que nossas posições
teológicas têm ramificações políticas. Isto, é claro, é o caso tanto para
pentecostais quanto para não pentecostais. Consequentemente, cristãos
pentecostais e não pentecostais, incluindo os chamados conservadores, liberais,
moderados ou progressistas, são chamados a fornecer uma alternativa viável ao
dispensacionalismo fundamentalista para nosso povo nos bancos. Em minha
opinião, a forma de nossa resposta deve incluir os seguintes elementos mínimos.
Primeiro, deve levar a sério o ensino bíblico sobre escatologia. Em segundo
lugar, deve aplicar a escatologia bíblica com responsabilidade ética aos
ambientes sociais locais e globais de hoje. Terceiro, deve confessar
abertamente as limitações de todos os nossos modelos paradigmáticos. Em quarto
e último lugar, deve centrar sua doutrina e prática em uma ênfase na
preeminência temporal e escatológica do amor. Todos os princípios acima são
simplesmente amplificações de um capítulo bíblico escatologicamente subestimado
do apóstolo Paulo - 1 Coríntios 13. Senhor, conceda-nos graça suficiente para
assim pensar, falar e agir; em nome de Jesus. Amém!
[1]
Bispo Tony Richie (D.Min., Asbury Theological Seminary / D.Th. Candidate,
UNISA), Pastor Sênior, New Harvest Church of God [Igreja de Deus] em Knoxville,
TN, também é professor missionário na SEMISUD (Quito, Equador) e professor
adjunto no Seminário Teológico da Igreja de Deus (Cleveland, TN). Ele serve na
Society for Pentecostal Studies como contato com a Comissão de Relações
Inter-religiosas (IRC) do Conselho Nacional de Igrejas de Cristo, e o IRC como
contato com o christianzionism.org.
[2]
Pastor Marlon Marques (mestrando no Wesley Biblical Seminary) é ministro da
Igreja Metodista Livre em Fortaleza e professor do Seminário Bíblico Wesleyano.
Escritor de livros e artigos, dentre eles, A Autoridade das Escrituras:
Inspiração, Inerrância e Hermenêutica (Editora Reflexão).
[3]
Componentes das visões amplas e divergentes sobre o sionismo cristão podem ser
experimentados navegando nos sites concorrentes de http://christianzionism.org
e http://christian-zionism.org. Além disso, uma excelente fonte de informações
e visão geral bastante equilibrada pode ser encontrada em
http://enwikepedia.org/wiki/ChristianZionism.
[4]
Também me lembro de uma conversa crucial com um colega e amigo, o Dr. Robert
Debelak, da Lee University, Cleveland-TN, que insistiu que a revelação bíblica
é caracterizada pela continuidade em vez da descontinuidade tão evidente no
dispensacionalismo. Recentemente, Rob apontou que, embora fora do escopo deste
artigo, o texto (agora datado) de Dave McPherson, The Incredible Cover-Up
(Medford, OR: Omega Publications, 1975), se destaca como uma crítica à ênfase
Darby-Irving em escatologia.
[5]
Ainda tenho uma apreciação positiva pelos motivos de muitos professores
dispensacionalistas na tentativa de uma abordagem profunda do estudo da Bíblia,
e estou ciente de várias versões mais flexíveis de um dispensacionalismo mais
clássico e histórico em Irineu, Tertuliano, Joachim de Fiore, John Fletcher,
Jonathan Edwards, etc, que possuem recursos valiosos.
[6]
D. J. Wilson, “Eschatology, Pentecostal Perspectives on”, The New International
Dictionary of the Pentecostal and Charismatic Movements (NIDPCM), ed. Stanley
M. Burgess and assoc. ed. Eduard M. van der Mass (Grand Rapids: Zondervan,
2002), pp. 601 05.
[7]
F. L. Arrington, “Dispensationalism,” NIDPCM, pp. 584-86 (585). Cf. Gerald T.
Sheppard, “Pentecostalism and the Hermeneutics of Dispensationalism: The
Anatomy of an Uneasy Relationship”, Pneuma: The Journal of the Society for
Pentecostal Studies 6 (Fall 1984), pp. 5-34.
[8]
Cf. H. V. Synan, “Evangelicalism,” NIDPCM, pp. 613-16 (615) and
“Fundamentalism,” NIDPCM, pp. 655-658 (657-58).
[9]
Uma espécie de dispensacionalismo geral que identifica a presente "Era do
Espírito", incluindo elementos escatológicos e proféticos, pode de fato
ser intrínseco ao pentecostalismo, pelo menos em sua forma clássica
norte-americana inicial. Ver M. D. Palmer, “Ethics in the Classical Pentecostal
Tradition,” NIDPCM, pp. 605-610 (606). Nesse caso, as distinções em relação ao
dispensacionalismo fundamentalista ainda são nítidas.
[10]
Ecumênico não significa pluralista, mas sim que busca a união das igrejas e
movimentos cristãos ortodoxos. (Nota do Tradutor)
[11]
See Tony Richie, “‘The Unity of the Spirit’”: Are Pentecostals Inherently
Ecumenists and Inclusivists?” Journal of the European Pentecostal Theological
Association, 26.1 (2006), pp. 21-35.
[12]
f. Cecil M. Robeck, Jr. Azusa Street Mission & Revival: The Birth of the
Global Pentecostal Movement (Nashville: Nelson, 2006), Douglas Jacobsen,
Thinking in the Spirit: Theologies of the Early Pentecostal Movement
(Bloomington & Indianapolis: Indiana University Press, 2003), Grant Wacker,
Heaven Below: Early Pentecostals and American Culture (London, Eng: Harvard
University Press, 2001).
[13]
Cf. Harold D. Hunter and Peter D. Hocken, editors, All Together in One Place:
Theological Papers from the Brighton Conference on World Evangelization (JPTSup
4, Sheffield, Eng: Sheffield AcademicPress, 1993) and Allan Anderson and Walter
J. Hollenweger, editors, Pentecostals after a Century: Global Perspectives on a
Movement in Transition (JPTSup 15, Sheffield, England: Sheffield Academic
Press, 1999).
[14]
Vinson Synan, In the latter Days: The Outpouring of the Holy Spirit in the
Twentieth Century (Ann Arbor, MI: Servant, 1984), pp. 135-46 (145).
[15]
No Brasil essa igreja é chamada de Igreja de Deus no Brasil. (Nota do Tradutor)
[16]
R. Hollis Gause, Revelation: God’s Stamp of Sovereignty on History (Cleveland:
Pathway, 1983), pp. 18- 21. Significativamente, esse livro foi publicado pela
casa publicadora da Igreja de Deus.
[17] Eu não estou aqui advogando ou argumentando acerca do pacifismo total, embora alguns pentecostais façam isso. Veja D. J. Wilson, “Pacifism,” NIDPCM, pp. 953-55. Cf. Pentecostal Charismatic Peace Fellowship at http://www.pentecostalpeace.org. Pessoalmente, estou enfatizando uma forte preferência pela paz tanto quanto possível.
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