Há algum tempo tinha a convicção de que o mundo tende a piorar. "Não adianta! Não podemos fazer nada. Está escrito". Com isso via qualquer atitude de protestar contra a pobreza, injustiça social, violência e demais barbáries como simples perda de tempo. O dispensacionalismo de Scofield e de tantos outros teólogos de mesma linha moldaram minha formação escatológica no início de minha fé protestante. Passei anos pensando que servir a Deus, que tanto amo, é somente falar para as pessoas que ele mandou seu único Filho para salvá-las de seus pecados e entrarem no Seu reino depois desta vida, não me importando se continuarão em suas misérias ou não.
De igual modo, estava equivocado em um outro ponto em meus pensamentos. Embora sempre meio receoso quanto ao dom de profecia (na parte de predizer o futuro na vida de alguém), acreditava que profetizar era somente isso. Porém, ao ler com mais intensidade os escritos veterotestamentários, profetizar tem um outro significado. Isaías, Jeremias, Ezequiel e tantos outros profetas denunciavam a falta de compaixão do povo de Deus entre si e para com às outras nações. Denunciavam, ainda, as injustiças sociais, desigualdades e arbitrariedades às claras na sociedade israelita. Diante desses textos, vejo que a profecia é, principalmente, a indignação de Deus para com as iniquidades sociais do seu povo (no Antigo Testamento, Israel. Hoje, todas as nações).
Agora, com uma nova interpretação desses dois aspectos (escatologia e profecia), vejo mais coerência no Evangelho de Cristo. Estou mais apaixonado em ler as Escrituras. Profetizarei contra as mazelas sociais de meu país. Minha evangelização não será mais proselitista, mas sim, universalista. Minha profecia sempre estará em consonância com os direitos dos órfãos e das viúvas. Ajudarei na construção do Reino onde todos serão atraídos (não pela coerção, mas sim pelo Amor). A crença em Deus não será mais posta em dúvida, pois esse Reino será acessível e real a todos.
Marlon Marques
De igual modo, estava equivocado em um outro ponto em meus pensamentos. Embora sempre meio receoso quanto ao dom de profecia (na parte de predizer o futuro na vida de alguém), acreditava que profetizar era somente isso. Porém, ao ler com mais intensidade os escritos veterotestamentários, profetizar tem um outro significado. Isaías, Jeremias, Ezequiel e tantos outros profetas denunciavam a falta de compaixão do povo de Deus entre si e para com às outras nações. Denunciavam, ainda, as injustiças sociais, desigualdades e arbitrariedades às claras na sociedade israelita. Diante desses textos, vejo que a profecia é, principalmente, a indignação de Deus para com as iniquidades sociais do seu povo (no Antigo Testamento, Israel. Hoje, todas as nações).
Agora, com uma nova interpretação desses dois aspectos (escatologia e profecia), vejo mais coerência no Evangelho de Cristo. Estou mais apaixonado em ler as Escrituras. Profetizarei contra as mazelas sociais de meu país. Minha evangelização não será mais proselitista, mas sim, universalista. Minha profecia sempre estará em consonância com os direitos dos órfãos e das viúvas. Ajudarei na construção do Reino onde todos serão atraídos (não pela coerção, mas sim pelo Amor). A crença em Deus não será mais posta em dúvida, pois esse Reino será acessível e real a todos.
Marlon Marques